Setembro Amarelo – a importância de cuidar da saúde mental dos funcionários

Setembro Amarelo – a importância de cuidar da saúde mental dos funcionários

Praticar a empatia no ambiente de trabalho é uma forma muito eficiente de aproximar-se dos colaboradores

Com o lema “A vida é a melhor escolha!”, a campanha Setembro Amarelo, promove diversas iniciativas para prevenção ao suicídio. Nas empresas, a saúde mental dos colaboradores deve ser levada a sério, com ambientes de escuta ativa e profissionais atentos para identificar casos mais graves.

O facilitador da Duomo Aprendizagem Corporativa, Thiago Cesário, ressalta a importância da saúde mental para o ambiente de trabalho. O principal fator a se observar é se há práticas abusivas, que geram um ambiente tóxico, fazendo com que as pessoas adoeçam. “Estar saudável é um estado dinâmico, nós não chegamos a um estado de saúde e permanecemos assim, o corpo e a mente estão sempre em busca de formas de se sentir bem”, afirma.

O adoecimento aparece quando há impedimentos a essa busca e a pessoa acredita que não há possibilidade de resolver a situação em que se encontra. “O objetivo não é acabar com o sofrimento, ou angústia, pois esses fazem parte da vida, mas sim ser capaz de transpor esse sofrimento e transformá-lo em algo positivo. É a possibilidade de obter os meios necessários para buscar uma melhoria contínua”, explica Thiago.

Praticar a empatia no ambiente de trabalho é uma forma muito eficiente de aproximar-se dos colaboradores, permitindo uma maior sensibilidade na hora de direcionar as atividades e dar retorno sobre o desempenho. Thiago sinaliza a importância de ao conversar com o colaborador, o gestor fazer contato visual e ouvir atentamente o que ele tem a dizer. “Quando ouvimos o outro, sem julgamentos, permitimos a compreensão, a visão e entendemos os sentimentos da pessoa. Isso traz conforto e satisfação para o ambiente de trabalho”.

Outro ponto importante é normalizar o assunto no dia a dia da empresa.  “O adoecimento aparece quando há impedimentos na busca por um ambiente menos tóxico e não há possibilidade de obtê-lo” destaca Thiago. Nos casos em que o ambiente de estresse já esteja prevalente, algumas iniciativas podem ajudar a recuperá-lo:

– Identificar os fatores estressores;

– Criar espaços de diálogo sobre questões relacionadas à saúde mental, favorecendo a discussão sobre a forma como o trabalho pode ser organizado de uma melhor maneira;

 – Vale sempre lembrar: a importância de cada pessoa para a equipe, valorizando os pontos fortes coletivos e individuais.

Com a pandemia, a preocupação com a saúde mental deu um salto. No primeiro ano de COVID-19, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%, de acordo com um resumo científico divulgado pela OMS. Esse aumento preocupou países de todo o mundo, levando a incluir saúde mental e apoio psicossocial em seus planos de resposta à COVID-19. Mas a COVID-19 não foi o único fator que levou ao adoecimento mental de muitas pessoas, o trabalho em si está ligado ao surgimento de transtornos mentais, a começar pela Síndrome de Burnout. “É muito importante que os líderes deem uma atenção individual para cada um dentro de sua equipe. Cabe ao gestor de recursos humanos conscientizar os líderes de como administrar o trabalho sem agredir o bem-estar do funcionário e a enxergar o quão o profissional é importante, dentro ou fora do escritório”, ressalta Thiago.

Fonte: Mundo RH