Inclusão corporativa: uma longa jornada que precisamos efetivar

Inclusão corporativa: uma longa jornada que precisamos efetivar

A constatação da pesquisa OrgBRTrends, da McKinsey apontou Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) como uma das dez macrotendências nas organizações , porém, e destaca que mais de 70% das empresas expressam aspirações transformadoras, mas menos da metade possui a infraestrutura necessária para concretizá-la,  um sinal de alerta não apenas para o mercado, mas para a sociedade que estamos construindo que perde uma grande oportunidade de evolução. 

Costumo dizer que dentre os maiores aprendizados que tive na minha vida profissional seguramente o mais impactante foi ter descoberto o verdadeiro significado de Diversidade e Inclusão.

Ao mergulhar neste universo, há muitos anos, aprendi, me emocionei, cresci, me tornei uma pessoa melhor. Levei estas lições para a minha vida, para a minha família e com isso espero ter contribuído para ampliar a consciência das pessoas que me rodeiam, sobre a importância de sermos genuinamente diversos, na mente e no coração!

Mais rico do que aprender os conceitos, que hoje estão acessíveis de diversas maneiras, é aprender o sentido deste tema. Algo que transcende o conhecimento e a razão. 

O movimento de inclusão e diversidade remete da década de 60, nos Estados Unidos , período em que já se defendia uma sociedade e um mercado de trabalho mais igualitário a todos. Acho que fica difícil dizer com precisão que foi aí que tudo começou, pois vários movimentos foram marcos importantes: movimento feminista, busca por igualdade de gênero, esforços para promover diretos da população LGBTQIA+

Olhando para todos os movimentos sociais que despertaram a consciência sobre a importância das políticas afirmativas, considero que a diversidade, equidade e inclusão como abordagens interconectadas, quando bem entendidas e conduzidas de forma estruturada nas organizações, levam à valorização e promoção de igualdade de oportunidades e tratamento justo para todas as pessoas, independentemente de raça, etnia, gênero, orientação sexual, idade, religião e deficiência física. 

Cada indivíduo é único e carrega naturalmente sua própria história, sua vivência única, sua origem. Esta individualidade, quando respeitada e valorizada devidamente dentro do ambiente empresarial, compõe a multiplicidade de pensamentos e ideias que, sem a menor dúvida, contribuirão para soluções mais ricas e mais representativas não apenas da sociedade em que vivemos, como também dos clientes a quem servimos.  

Não basta olharmos o indivíduo e projetarmos o que ele precisa para ser incluído. Precisamos reconhecer e desativar barreiras  que mantém um ambiente de mercado desigual e adotar medidas para garantir que todos tenham acesso aos mesmos recursos e oportunidades, independentemente das diferenças que cada um traz. Há uma urgência para instrumentalizar a empresas e seus gestores a fim de criar um ambiente saudável onde todos são acolhidos e benvindos, onde se aprende novas perspectivas, onde se exercita empatia, onde cada um pode tem o direito de ser quem é. 

Em um mundo em constante evolução, a demanda por políticas governamentais e empresariais cresce, assim como a resposta dos movimentos corporativos aos anseios sociais. 

Inúmeras são as maneiras para tornar diversidade, equidade e inclusão em uma realidade positiva. Qualquer que seja o caminho, é preciso ser intencional e incansável para que a jornada seja consistente, impactante, relevante e enriquecedora. Isso inclui rever as práticas de gestão de pessoas mirando um ambiente  com gestores acolhedores e considerando que mais do que um grande aprendizado profissional, é um aprendizado para a vida!

 

Fonte: RhPraVocê