Assédio moral no trabalho: Como identificar e agir

Assédio moral no trabalho: Como identificar e agir

Combate ao assédio moral: Identificação, ação e prevenção no ambiente corporativo

Em uma era de ampliação das discussões sobre saúde mental, o tema do assédio moral no ambiente de trabalho ganha destaque cada vez maior. O problema, que já era grave, tornou-se mais evidente à medida que as empresas passaram a dar maior atenção ao bem-estar de seus colaboradores. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer, já que, de acordo com uma pesquisa recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT), quase 25% dos trabalhadores em todo o mundo afirmam ter sofrido algum tipo de assédio moral no trabalho.

O assédio moral no ambiente de trabalho pode assumir várias formas, desde comportamentos sutis, como piadas ofensivas, até formas mais evidentes, como a degradação deliberada da condição de trabalho de um funcionário. Comportamentos desrespeitosos, críticas excessivas, isolamento social e sobrecarga de trabalho são alguns exemplos de assédio moral.

Entender as diferentes faces do assédio é o primeiro passo para combater essa prática. A partir daí, as empresas precisam estabelecer políticas claras de denúncia e procedimentos de investigação para lidar com as queixas.

A Fundação Getulio Vargas (FGV), em seu recente estudo sobre o assédio moral nas empresas brasileiras, sugere a adoção de um código de ética e conduta que defina claramente o que é considerado comportamento inadequado e que estabeleça as consequências para quem infringir essas regras.

Além disso, é crucial que as empresas estabeleçam um canal de denúncia, anônimo e seguro, para que os colaboradores se sintam confortáveis ao relatar qualquer tipo de abuso. A pesquisa da FGV enfatiza a importância de investigar todas as denúncias de maneira imparcial e completa.

Contudo, a ação não deve parar por aí. O assédio moral, muitas vezes, é resultado de uma cultura de trabalho tóxica. Portanto, as organizações precisam investir na promoção de um ambiente de trabalho saudável, respeitoso e inclusivo. Isso inclui oferecer treinamentos regulares sobre ética no trabalho, resolução de conflitos e tolerância, bem como desenvolver programas de bem-estar mental para os colaboradores.

Além disso, as empresas devem ser proativas ao abordar o problema, identificando os potenciais agressores e tomando medidas disciplinares quando necessário.

A luta contra o assédio moral no trabalho é uma responsabilidade de todos. As empresas devem assumir a liderança, garantindo que seus colaboradores se sintam valorizados e respeitados. Só assim poderemos criar ambientes de trabalho saudáveis e produtivos para todos.

 

Fonte: Mundo RH